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Precificação pt2: descobrindo o valor do projeto | barbiecore | design mexicano
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Dia 03 de outubro foi comemorado o Dia Mundial da Arquitetura, que em 2022 tem como tema a ‘Arquitetura do Bem-estar’ - mas o que é isso?
Após passarmos pelo período desafiador da pandemia, começamos a olhar com mais calma para nós mesmos e em como somos afetados pelos ambientes que estamos.
Segundo report da IKEA: “nossas casas e nosso bem-estar mental tornaram-se mais intimamente conectados do que nunca. Na verdade, as pessoas agora acham difícil falar sobre um sem o outro. Através de nossa pesquisa, aprendemos que uma casa que você ama pode ajudar a proteger seu bem-estar mental. Mas há um outro lado. Quando as pessoas estão infelizes em casa, é mais provável que sofram impactos negativos na saúde mental.”
E assim nos demos conta de que não basta ter saúde física para estarmos bem - a própria OMS define a saúde não como “a ausência de problemas de saúde, mas como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social”.
E o que nós, arquitetos, temos a ver com tudo isso?
A maioria das pessoas passa cerca de 90% da sua vida dentro de ambientes construídos - e nós precisamos pensar a arquitetura e o design não só como um meio de facilitar e organizar a vida das pessoas, mas também como um meio de promover bem-estar e saúde para quem vai ocupar esses espaços.
Um projeto pensado dessa maneira deve partir da análise de quem vai ser o usuário daquele espaço: crianças e idosos, por exemplo, tem necessidades de bem-estar completamente diferentes. Depois, podemos dividir o bem-estar em duas categorias:
→ Bem-estar físico e o tão falado CONFORTO - térmico, acústico e visual, princípios básicos que aprendemos desde a faculdade.
Promover a ventilação cruzada, além de favorecer o conforto térmico faz a renovação do ar e reduz a umidade do ambiente, diminuindo a propagação de mofo e afetando diretamente nossa saúde. A orientação solar correta, promove o conforto térmico, evitando o superaquecimento do ambiente e também tem relação direta com o nosso ciclo circadiano, que fica desregulado quando ficamos por muito tempo em contato com a luz artificial.
Quem nos segue no instagram sabe que a otimização dos recursos naturais disponíveis é um dos tópicos mais falados por lá - para nós é daqui que parte uma boa arquitetura.
→ Bem-estar emocional - aqui entramos em um aspecto mais subjetivo, em como as pessoas se sentem utilizando o espaço projetado. Espaços com abundância de luz natural e conectados com a área externa, nos fazem ficar mais produtivos e animados.
A escolha dos materiais também afeta diretamente como sentimos o ambiente - é só pensar na sensação que temos quando vamos a um hospital, por exemplo, onde tudo costuma ser frio e ‘sem vida’, baixando nossa energia. Estudos já comprovam que o simples fato de termos contato com a madeira interfere diretamente em como sentimos o ambiente.
O feng shui, o design biofílico e o estudo do ciclo circadiano podem ser grandes aliados dos designers e arquitetos para promoção do bem-estar emocional.
Pesquisas já comprovam, inclusive, que o uso do design biofílico em ambientes de trabalho aumenta a produtividade dos colaboradores e afeta diretamente as relações de trabalho - ponto importante para quem projeta edifícios e/ou interiores comerciais.
É incrível pensar em como podemos impactar positivamente a vida das pessoas que vão usufruir daquilo que projetamos né?!
##Dicas para ficar por dentro do que falamos acima:
Instagram:
PROJETANDO COM FENG SHUI
NEUROARQ®️Academy
Feng Shui - Silvana Occhialini
UGREEN South America
Green Building Council Brasil
Artigos:
10 Dicas para projetar edificações mais saudáveis
Os benefícios da biofilia para a arquitetura e os espaços interiores
Quais materiais podem promover a saúde na arquitetura de interiores?
##Design e moda: O designer, artista e arquiteto Gaetano Pesce fez o cenário do desfile da semana de moda da Bottega, assinando o design de 400 cadeiras diferentes intituladas 'Come Stai?', que buscam refletir a diversidade e a unicidade de cada pessoa. As cadeiras têm uma forma quase rudimentar e algumas inclusive ganharam escritas e desenhos feitos a mão pelo próprio design, ganhando um ar street style. "Como designer, faço itens originais, não séries padronizadas, esse é o caminho antigo – e essa é a nova maneira", disse Pesce. Elas estarão no Design Miami ainda este ano, disponíveis para compra.